Fui convidada para falar um pouco sobre a minha trajetória acadêmica, sobre essa relação entre a História e a Geografia. Mas falar se si, seria isso um caso ensaio de egohistoria? Segundo o historiador francês Pierre Nora, a ego-história seria uma “tentativa de laboratório”, em que os “historiadores procuram ser historiadores deles próprios”. Produzido na década de 80, a obra “Ensaios sobre ego-história” se anuncia como o marco de uma “nova idade da consciência histórica”, inaugurando um campo de debate que postula a presença do corpo do historiador na composição das obras históricas.
Nas palavras de Nora, “(…) nem autobiografia falsamente literária, nem confissões inultimente intimas, nem profissão de fé abstracta, nem tentativas de psicanálise selvagem. O exercício consiste em esclarecer a sua própria história como se se fizesse a história de um outro, em tentar aplicar a si próprio, cada um no seu estilo e com os métodos que lhe são caros, o olhar frio, englobante, explicativo que tantas vezes se aplicou sobre outros. De explicitar, como historiador, o elo entre história que se fez e a história que vos fez”.
Sendo assim, convido a conhecer um pouquinho sobre a minha trajetória. Confira!